quinta-feira, 24 de junho de 2010

trinta e cinco. Alma segura

Uma alma perdida, cheia de saudade da terra… sentada na terra húmida é na lua que vejo todo o tempo perdido. Queria tocar-te só mais uma vez, queria sentir o teu calor para me aquecer nesta noite de chuva em que cada gota é uma lágrima do meu arrependimento. Estico a mão na esperança de te poder puxar para mim e abraçar-te. Desenho caminhos no céu, mas acabo por cair no real – o chão – onde sou espezinhada como um tapete sujo e velho, que quando rasgado é deitado fora. Reflicto nas lembranças que trago comigo. O teu nome grito e o vento leva-o para longe… assim como um beijo que solto no vazio. E esse, tu sentes… sentes o beijo apaixonado que lancei sobre o vento que esbarra contra os teus lábios… Eu sei que parti da tua vida sem deixar nenhuma mensagem, nenhum adeus… foi melhor assim. E prometo-te que um dia irei ter tudo de volta, mas depois de ti, tudo é só o resto do que ainda está dentro de mim …

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