sexta-feira, 25 de junho de 2010

trinta e oito. Amizade ?

Juntas por aquele relvado fora, de balde e pá na mão corríamos em direcção ao monte de areia ali existente. Tu construías as muralhas e eu o palácio da nossa amizade. Prometemos guardar tudo ali… conversas, sorrisos, choros e gritos. À volta, um jardim com um portão bem alto – quase até ao céu – para que ninguém o pudesse saltar e que só eu e tu tínhamos a chave. Mas um dia… abriste o portão, atravessas-te as muralhas e entraste no palácio para recordar os bons tempos que passamos. Mas ao sair deixaste o portão aberto e todos puderam lá entrar, ficando assim a conhecer aquilo que escondíamos – que ficava só para nós. Perguntei-te o porquê daquele acto… e tu somente me acenaste com a cabeça dizendo que não. De repente, vejo-te a sair daquele que era o nosso abrigo de mão dada com outra pessoa. Olhaste para mim… eu olhei para a tua mão. E nesse mesmo instante… lançaste a chave de toda a nossa amizade para o chão e partiste, deixando o meu coração fraco e desiludido.

Sem comentários:

Enviar um comentário