quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

sessenta e três.

Não sabia porque falavas ou respiravas daquele modo, tão perto de mim. Não percebia a tua linguagem, os teus gestos que me deixavam à quem. Não sabia porque sorrias quando eu mais queria chorar, ou porque é que gritavas enquanto eu ficava em silêncio. Não te percebia, simplesmente. Quanto mais eu me esforçava para entender um gesto que fosse, uma palavra, menos eu te compreendia. E assim se passaram anos, e tu sempre ao meu lado, continuando com esses teus gestos que, para mim, eram complexos, com as palavras que, para mim, não me fazia sentido. Até que, um dia, me olhaste nos olhos fazendo-me perceber cada momento vivido a teu lado.

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